Testemunhos

Testemunho Frei Lucas - DF

“Maria, mirame, mirame, si tu me miras, El también me mirará...”
Essa canção resumi toda a experiência de dois meses de trabalho que tive na JMJ, principalmente nos ultimos momentos da Jornada(a Vigília e Missa de envio no Aeroporto de Quatro Ventos). Foi uma experiência fantástica e sobrenatural, pois ver jovens enfrentar um sol de 45º ,e faziam festa, cantavam, louvavam a Deus pela caridade das pessoas que jogavam baldes de água ou manguerada de seus apartamentos, que muitas vezes quando a água chegava ao solo já eram gotas.E depois desse calor louco, venho uma tempestade de vento, chuva, raios que ninguém escapou nem o Santo Padre com diversos guardas-chuvas que lhe ofereceram,não conseguiu sair ileso. Mas, foi um alivio. A vigília correu mais tranqüila, pois o fresco da brisa que nos acalentava, ajudou a rezar. A pouca capelas que resistiram a tempestade que serviram de abrigo, durante a noite, foram lugar de encontro com Deus. E pela manhã, vimos a preocupação paternal do Papa, ao perguntar como estávamos e dizer” que rezou por nós”, eu trabalhei na JMJ, não vi o Papa de perto, mas vi a alegria dos Jovens de Cristo em torno de seu vigário.


Therese Foster - Austrália

Therese FosterA Jornada Mundial da Juventude foi uma experiência tão incrível que fica difícil dar um rápido testemunho sobre ela. A impressão que eu tenho é de que, independentemente das situações vividas durante aquelas duas semanas em que estive em Colônia, cada minuto, cada momento foi especial – uma bênção de Deus – como se fosse uma preparação para a vida além da Jornada.
Eu tive o grande privilégio de fazer parte de um dos grupos de voluntários, durante a Jornada Mundial da Juventude, no qual eu pude conhecer colegas católicos vindos de vários países. As tarefas que nos deram na Jornada não eram exigentes e nem consumiam muito tempo. Na verdade, nossa responsabilidade de adorar o Santíssimo Sacramento todas as noites era, sinceramente, o momento mais belo durante aquelas semanas. Naqueles dias tão corridos, tão intensos, tão diferentes da minha vida na Austrália, o silêncio e a paz de estarmos sozinhos na capela com Jesus era um tempo de diminuir o ritmo e nos concentrar. Ao contrário dos momentos em que estávamos agitados no meio daquela multidão, ou tentávamos nos virar em cada situação com os poucos recursos que tínhamos, a adoração Eucarística era um momento de verdadeira oração, de recordar por que cada um de nós havia feito aquela jornada até Colônia. Que belas lembranças eu tenho das adorações ao lado dos meus colegas, cantando e rezando juntos! Como eram simples e espontâneas as orações que surgiam dos nossos corações!
Quando João Paulo II morreu fiquei decepcionada, pois queria muito poder vê-lo e ouvi-lo na Jornada Mundial da Juventude. Mas eu percebi, ouvindo as mensagens desafiadoras e encorajadoras do nosso novo Santíssimo Padre, que ele nos ama profundamente. É tão edificante ouvir este homem desejando a felicidade verdadeira e duradoura para nós. Ele não tem nada da imagem de “um velho excêntrico” que o mundo tenta criar! Todos nós na Jornada Mundial da Juventude passamos a amá-lo muito.
Nos meses que seguiram a Jornada Mundial da Juventude, já de volta à Austrália, eu continuei crescendo com a experiência que tive lá. Olhando para trás, vejo as bênçãos que naquela época eu não percebi – todas as provações e alegrias e também os acontecimentos comuns do dia-a-dia com os quais nos deparamos em Colônia. Meu amor por Jesus e a necessidade de visitá-Lo no Santíssimo Sacramento ainda vêm crescendo, de uma maneira cada vez mais ardente e profunda. Eu tive uma nova percepção da Igreja Católica como um todo, especialmente com relação à juventude, o que é uma grande alegria. O futuro da Igreja - e sem dúvida o nosso - se enche de esperança quando podemos ver com nossos próprios olhos tantos jovens prontos a servir Nosso Senhor com suas vidas. Nas últimas semanas, meu irmão mais novo, João, que me acompanhou na Jornada Mundial da Juventude, entrou para o seminário da nossa diocese – algo que ele já queria fazer havia algum tempo. Eu também tenho pensado de forma mais profunda sobre minha vocação. Peço que rezem por nós.
O tempo em que passei em Colônia também foi cheio de pequenos e grandes milagres. No dia seguinte ao fim das atividades da Jornada Mundial da Juventude nós perdemos a chave do nosso escritório. Felizmente, ele ainda estava aberto, mas, infelizmente, não era nosso. As vinte pessoas do grupo então começaram a procurar esta chave por toda parte: no escritório, no apartamento onde estávamos hospedados, na igreja onde havíamos trabalhado... A chave era tão pequena que tivemos que procurá-la embaixo de cada pedaço de papel, em cada cantinho, cada buraco. Tivemos que revirar a nossa memória para lembrar quem havia sido a última pessoa a pegar a chave. Até aquele momento, já estávamos em companhia uns dos outros 24 horas por dia, 7 dias na semana, por duas semanas e, com toda a agitação e intensidade das circunstâncias, havia uma tensão escondida atrás de cada palavra, cada olhar, mesmo estando todos fazendo o máximo para não demonstrar. Finalmente, chegamos à conclusão de que a líder do nosso grupo havia sido a última pessoa a pegar a chave na noite anterior, ocasião em que tivemos uma pequena festa em um jardim perto dali. Fomos ao jardim, procuramos na grama e nos sacos de lixo que havíamos colocado no container na noite anterior. A líder do nosso grupo estava muito angustiada e pedia que rezássemos a Santo Antônio. Ela telefonou e pediu orações a seus pais e amigos e até deu o número de seu celular a uma garota que estava no jardim, caso ela encontrasse a chave! Àquela altura, estávamos procurando freneticamente, ficando cada vez mais agitados, verificando cada lugar três, quatro, cinco vezes! Até que o celular da nossa líder tocou. Era a garota do jardim: ela estava com a chave! Quando chegamos, ela nos contou que um jovem foi até ela, entregou a chave e foi embora, e que ela nunca tinha visto aquele jovem antes. Nós perguntamos a algumas pessoas que passeavam no jardim e jogavam basquete por ali, mas ninguém sabia nada sobre a chave. Nós não descobrimos quem era aquele jovem e até hoje não sabemos o que aconteceu...
Jovem, você não está lendo isto por acaso. Deus tem um plano pra você e o que Ele planejou é mais belo e mais pleno de felicidade do que você ou qualquer outra pessoa podem desejar pra você. Pare para perguntá-Lo o que Ele quer de você. Escute a resposta dEle e O siga. Procure conhece-Lo melhor e, assim, seu amor por Ele crescerá, e todos os dias serão cheios de alegria.
Deus os abençoe e até Sydney!
Therese
Austrália

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